Monoteísmo Ancestral
No coração da espiritualidade hebraica está a Torá, que é dividida em duas partes fundamentais: Torá Escrita (📖 Torá Shebichtav) e Torá Oral (🗣️ Torá Shebe’al Peh). Ambas constituem os pilares da revelação divina e da sabedoria ancestral.
Torá Escrita – Torá Shebichtav
É composta pelos cinco livros de Moshê (Gênesis a Deuteronômio), conhecidos como Pentateuco, que formam a base da revelação recebida no Sinai. Ela traz os relatos da criação, da formação do povo hebreu, as leis, os mandamentos e os princípios éticos.
Torá Oral – Torá Shebe’al Peh
Trata-se da tradição explicativa e interpretativa que foi transmitida de forma oral por séculos, até ser redigida diante do risco de esquecimento. A Torá Oral é o "código vivo", que explica, desenvolve e amplia a Torá Escrita, revelando seus aspectos ocultos e aplicáveis.
Literaturas Centrais da Tradição Oral
Mishná (משנה)
Redigida por Rabi Yehudá HaNassi no século II d.C., a Mishná organiza a tradição oral em seis ordens (Sedarim), abordando desde leis agrícolas até questões civis, rituais e éticas. Ela é a espinha dorsal da Torá Oral.
🔍 Guemará (גמרא)
A Guemará é a análise, discussão e comentário sobre a Mishná, feita por rabinos da Babilônia e de Israel. Juntas, Mishná e Guemará formam o Talmud (babilônico ou de Jerusalém), que é a principal compilação da tradição oral.
Talmud (תלמוד)
Mais do que um livro de leis, o Talmud é um oceano de sabedoria, que inclui debates, histórias, ética, filosofia e até reflexões místicas. É dividido em Talmud Bavli (Babilônico) e Talmud Yerushalmi (de Jerusalém).
Midrash (מדרש רבה)
Midrash é uma coleção de interpretações e comentários homiléticos sobre os textos bíblicos. O Midrash Rabbah é um dos mais conhecidos, reunindo explicações espirituais, simbólicas e éticas dos versículos da Torá.
Aplicação no Monoteísmo Ancestral
Para nós, do Monoteísmo Ancestral, essas obras são fontes de sabedoria espiritual, que refletem a busca contínua do povo por compreender a vontade do Criador. Contudo, não tomamos essas literaturas como absolutas ou infalíveis, mas como expressões históricas e espirituais de um povo que desejava preservar a fé abrahâmica e interpretá-la em sua geração.
Utilizamos essas fontes como ferramentas de reflexão mística, filosófica e ética, sem nos limitar a uma tradição rabínica institucionalizada. Nosso foco é o retorno à essência de Abraão, ao jardim da consciência, por meio do estudo, introspecção e prática da justiça, da compaixão e da conexão com o Eterno.
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